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Lavra

LAVRA

 

Documentário sobre os impactos da mineração na paisagem, na vida e na alma de Minas Gerais discute as tragédias causadas pelas mineradoras.

 

Após percurso por importantes festivais como o IDFA 2021 (Amsterdã), Hotdocs 2022 (Toronto), Festival de Cine de Lima e prêmios no Festival de Brasília e Mostra Ecofalante, documentário mineiro entra em cartaz no dia 06 de outubro de 2022.



 

“Lavra” é um documentário híbrido, onde uma personagem ficcional interage com personagens e situações reais. Com produção da Trem Chic Cine Video Lab, produtora que tem como um dos sócios o videoartista Eder Santos, dirigido por Lucas Bambozzi e escrito por Christiane Tassis, o longa aborda os impactos da mineração na paisagem de Minas Gerais.

 

O filme mostra a jornada da geógrafa Camila, emigrante de Governador Valadares. Interpretada por Camila Mota, atriz do Teatro Oficina. Ela retorna dos Estados Unidos para sua terra natal, quando o rio Doce foi contaminado pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana. Camila segue o caminho da lama tóxica que varreu povoados do mapa e matou 19 pessoas, deparando-se com paisagens, comunidades e pessoas devastadas. Governador Valadares, Baguari, Território Krenak, Ouro Preto, Itabira, Paracatu de Baixo, Bento Rodrigues, Serro, Conceição do Mato Dentro, são algumas das cidades retratadas. Até que outra barragem se rompe, em Brumadinho, matando cerca de 300 pessoas. Ao ver a tragédia de perto, ela sente-se pela primeira vez atingida e se envolve com movimentos de resistência.

 

O filme teve sua World Premiere em 17 de novembro de 2021 no prestigiado IDFA (Festival Internacional de Documentários de Amsterdã), considerado o maior festival do gênero. Selecionado entre os 985 filmes inscritos para o Festival de Brasília, participou da Mostra Competitiva, nos dias 08 e 09 de dezembro, sendo premiado na Categoria “Melhor Som” e “Fotografia”. Foi exibido no One World Festival, na República Tcheca, dedicado a direitos humanos, na 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes, no disputado Hotdocs de Toronto, no 26º Festival de Cine de Lima, e segue sendo convidado para importantes festivais pelo mundo. Na 11ª Mostra Ecofalante, em 2022, recebeu o prêmio de melhor longa-metragem pelo público, atestando o impacto que o filme vem causando nas pessoas. 

 

A estreia nos cinemas em outubro de 2022 traz à tona a atualidade e a urgência das discussões em torno das atividades do megaextrativismo no Brasil, para  além do estado de Minas Gerais, onde vem acontecendo uma série de retrocessos no campo ambiental. 

 

 

EQUIPE



Direção: Lucas Bambozzi

Artista multimídia que produz obras nos mais diversos formatos, como instalações, vídeos monocanal e projetos interativos.  Codirigiu “O fim do Sem Fim”, com Cao Guimarães e Beto Magalhães, e dirigiu o documentário “Do outro lado do Rio”, Prêmio de Melhor Direção no Festival “É tudo verdade”. Suas obras foram apresentadas em mostras individuais e coletivas em mais de 40 países. Participou de festivais de cinema e vídeo como Sundance, Slamdance, FID Marseille, Videobrasil, Festival It’s All True, Impakt, Festival do Rio BR, Share Festival Italy, FILE, On-Off e muitos outros.

 

Produtora: Trem Chic 

A Trem Chic – CineVideoLab realiza projetos híbridos, unindo artes visuais, cinema, vídeo, teatro, arte computacional e interativa, gambiologia, dentre outros. Integram a produtora: Eder Santos, André Hallak, Barão Fonseca e Leandro Aragão. Atualmente a produtora está em fase de produção do Longa-Metragem de ficção científica Deserto Azul, dirigido por Eder Santos.

 

Argumento e roteiro: Christiane Tassis

Autora dos romances "Sobre a Neblina" e “O melhor do inferno”, publicados pela Editora Língua Geral, num projeto de edição lusófona coordenado pelo escritor José Eduardo Agualusa. “Sobre a Neblina” foi adaptado para o cinema com o título "Exilados do Vulcão", com direção de Paula Gaitán, filme vencedor do Festival de Brasília 2013 e exibido em diversos festivais. Foi roteirista no seriado "Sexo Frágil" (TV Globo), das séries de TV  "O mundo da gente", "Cientistas Brasileiros entre os melhores", pesquisadora do filme "Rua Guaicurus" (dir. João Borges, exibido no doc Leipizig 2019), roteirista, produtora e pesquisadora do curta “Adeus, calon” e roteirista do documentário “O levante de Bela Cruz” (dir. Elza Cataldo).




Atriz: Camila Mota

Atriz do Teatro Oficina Uzyna Uzona, atuando na criação e na concepção de todos os projetos da companhia. Foi codiretora de Os sertões, projeto de transposição do livro de Euclides da Cunha para a dramaturgia. Idealizou e apresentou projetos e exposições em diversos espaços de destaque, como Museu de Arte da Pampulha, Inhotim e OCA, entre outros. Foi coordenadora da Universidade Antropófaga e editora da revista A Bigorna.

 

Produtor: André Hallak

André Hallak é produtor, diretor e professor de audiovisual. Ele atua como produtor em diferentes projetos de cinema e televisão. Seus filmes já foram exibidos em festivais como o Festival de Cinema de Rotterdam (Holanda) e DOK Leipzig (Alemanha). Foi produtor do longa-metragem Deserto Azul (Eder Santos, 2015), exibido em mais de 10 países em festivais. Também produziu o documentário A Terceira Margem (Fabian Remy, 2016) que ganhou o prêmio ABRACCINE no Festival É Tudo Verdade 2017 e o prêmio de Melhor Estreia no Festival Francês Traces de Vies.

 

Produção executiva: Eder Santos

Reconhecido mundialmente por projetos que mesclam artes visuais, cinema, teatro, vídeo e novas mídias. Possui obras nos acervos permanentes do MoMA (Nova York) e Centre George Pompidou (Paris) e sua participação em bienais e festivais no Brasil e no exterior é extensa. É autor de 15 curtas-metragens e 2 longas, incluindo os premiados “Enredando as Pessoas” (1995), Melhor Montagem no 17o Festival del Nuevo Cine Latinoamericano em Havana, e “Deserto Azul” (2014), Direção de Arte no Tokyo Lift-Off FilmFestival 2016, além de outros prêmios e menções.

 

Montagem: Fabian Remy

Fabian é documentarista e montador. Vive e trabalha em Belo Horizonte, Minas Gerais. A Terceira Margem (2016) foi seu primeiro filme como realizador. Como montador, trabalhou em filmes documentários exibidos em festivais como Visions du Réel, Dok Leipzig, É Tudo Verdade, Festival de Brasília, entre outros. Também montou séries documentárias e de ficção exibidas em tvs e plataformas como Canal Brasil, Canal Curta, HBO Latin America, Netflix, Tënk.

 

Música: O GRIVO e Stephen Vitiello

O Grivo é um duo composto por Marcos Moreira e Nelson Soares, que vivem e trabalham em Belo Horizonte. iniciaram suas pesquisas no campo da “Música Nova” nos anos 1990, interessados na expansão do seu universo sonoro e na descoberta de maneiras diferentes de organizar improvisos, com uma linguagem musical própria. A dupla de mineiros já se apresentou em locais como Palácio das Artes, Museu de Arte da Pampulha, MAM RJ e SP, Pinacoteca de SP entre outros. Participaram de importantes festivais internacionais na França, Espanha, Alemanha e Portugal. Sua obra já foi exposta no MOMA de São Francisco, nos EUA.

 

Stephen Vitiello é um artista visual e sonoro americano. Originalmente um guitarrista punk, foi influenciado pelo videoartista Nam June Paik, com quem trabalhou depois de o conhecer em 1991. Fez trabalhos em colaboração também com Pauline Oliveros, Scanner, Marie Uitti e com artistas visuais como Julie Mehretu, Tony Oursler, Joan Jonas, Ryuichi Sakamoto, Jem Cohen e Eder Santos.